A fim de reduzir a incidência de calor do ambiente externo para o ambiente interno possibilitando a permeabilidade visual do usuário para o meio, as fachadas microclimáticas começaram a aparecer no Brasil há alguns anos. Consiste em um sistema formado por uma tela poliéster revestida com compostos de PVC, instalada em uma estrutura metálica que a tenciona, a uma distância mínima de 10 centímetros da superfície da edificação. Sua tecnologia resiste a toneladas de tensão por metro quadrado, sendo, desse modo, muito usada em obras de grande escala.
Por se tratar de uma membrana têxtil e leve, ela propicia uma instalação rápida que se adapta às diferentes formas de projeto, sem sobrecarregar a estrutura da construção. No quesito de conforto térmico, mais especificamente, a fachada microclimática dissipa a energia solar incidente por reflexão e absorção, gerando uma econômica no consumo de energia e, por consequência, uma redução na necessidade do uso de ar-condicionado.
Há uma variedade na escolha das membranas, podendo variar de acordo com a tonalidade e com a porosidade do material e até permite impressões de imagens. Além disso, ele pode receber tratamento com partículas metálicas ou perolizadas, tratamento retardante a chamas, ou, ainda, contra a ação de raios UV e de mofo. O material necessita, no entanto, ser executado por uma equipe especializada, a fim de calcular de forma correta as cargas de vento e a resistência necessária nos pontos de fixação. Uma boa característica é a baixa manutenção, sendo ideal uma limpeza regular simples (água e detergente neutro).
Imagens:
Centro Paraolímpico Brasileiro, Diadema – SP | Projeto: L+M
Capa: Hospital Universitário Santa Lucia, Cartagena – Espanha | Projeto: Francesc Pernas. Casa Solo Arquitectos. S.L.P
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